“João Batista pregava, dizendo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias.” (Mc 1, 7)
Ao discorrer sobre o Bastimo do Senhor o Diácono Eduardo
César, reflete: “A festa do nascimento do Senhor mostrar que aquele menino
nascido de Maria numa pobre manjedoura, hoje inicia publicamente a sua missão.
E esse inicio, se dá de maneira solene, que é a inauguração da missão de Jesus
diante do povo de Israel.” E continua, dizendo:
“Por isso, o significado desta festa para nós, cristãos. É o
reconhecimento de quê Jesus nascido em Belém. Jesus, reconhecido e adorado
pelos pastores. Jesus, que se manifestou na Epifania aos magos do Oriente e
hoje batizado por João Batista, é o Filho de Deus, Filho muito amado do Pai.”
A festa do batismo do Senhor, assim como todos os momentos
da vida de Jesus, encontra o seu centro no mistério Pascal de Cristo. Logo,
indo a João para receber o batismo (conversão dos pecados), Jesus que não tinha
pecados e não precisava receber aquele Batismo, vai para expressar desde então
sua solidariedade para com os pecadores. E expressar seu desejo de salvar os
pecadores, independente da condição de pecado na qual estejamos.
Por isso, o Batismo que recebemos é a nossa resposta de fé, nossa adesão ao Reino de Deus, anunciado por Jesus em sua missão publica. O batismo é o nosso sim a justiça e a salvação que derivam do reino de Deus.
E nestes dias em que celebramos o padroeiro Senhor do Bonfim, nos voltamos precisamente para mistério Pascal de Cristo, contemplando o Crucificado. Ele que como autor da Salvação, por nós deu a vida na cruz, por nós se imolou. Para nos presentear com a vida nova da ressurreição. Por isso, a cada ano que celebremos essa festa, que vai além de um gesto de piedade ou litúrgico, mas deve ter um caráter existencial. Que a cada ano, essa festa se apresente como uma ocasião de renovação da consciência, de que pelo Batismo fomos feitos filhos e filhas amados de Deus. Isto é, nós participamos da filiação divina, da filiação Daquele que sendo filho Unigênito de Deus, assume a nossa condição humana e nos dar o seu espirito para que possamos experimentar a excelente realidade da graça, que nos faz participantes da vida divina ... que nos transfigura a Jesus de tal maneira que o Pai quando olha para nós, ver o seu próprio filho.