sexta-feira, 7 de abril de 2023

MISSA DA CEIA DO SENHOR - LAVA PÉS

 

..."Vocês entendem o que fiz a vocês? Vocês me chamam 'Mestre' e 'Senhor', e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei os seus pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. João 13:6-16



          A origem da prática pode estar nos costumes referentes à hospitalidade das civilizações antigas, especialmente naquelas onde a sandália (um calçado aberto) era o principal tipo de calçado. O anfitrião, ao receber um hóspede, providencia uma vasilha com água e um servo para lavar-lhe os pés. Este costume aparece em diversos pontos do Antigo Testamento (veja, por exemplo, Gênesis 18:4Gênesis 19:2Gênesis 24:32Gênesis 43:24 e I Samuel 25:41, entre outros), e também em outros documentos históricos e religiosos. Um típico anfitrião da região geralmente se curvava, beijava o hóspede e então oferecia a água e o servo para a lavagem dos pés. O costume também valia quando o hóspede usava sapatos como uma forma de cortesia. No trecho em I Samuel aparece pela primeira vez o ato de alguém realizar a lavagem como prova de humildade. 

         Neste contexto, na Igreja Catedral do Senhor do Bonfim, às 19h, aconteceu a Celebração da Santa Ceia presidida pelo Pe. Airton Siqueira e concelebra pelo Pe. Luiz Tonetto. 


Iniciando a homília , Pe. Airton Siqueira saudou Pe. Luiz Tonetto que mesmo diante de sua aposentaria não deixou de exercer o o ministério. Registrou que hoje nos encontramos participando deste grande banquete do Senhor. este banquete que nos ajuda a fazer memória do povo de Deus que viveu preso no Egito e tocado pela graça de Deus conseguiu fazer sua experiência lentamente nos 40 anos de deserto de sua libertação. Trazer a eucaristia a partir deste contexto do antigo testamento é trazer a memória dos nossos descentes, o povo de Israel, que fez uma experiência forte de páscoa quando atravessou e libertou do Egito. Com grande festa e júbilo de alegria escolheram um carneiro macho e o sacrificaram. Um carneiro que não devia ter manchas e nem defeitos. Foi sacrificado para que todas as famílias israelitas pudessem participar deste banquete. Um banquete que ficou na história desse povo. Mas, este banquete ainda não era definitivo. Nem sacrifício eterno. Na caminhada do povo de Deus na busca desta grande terra prometida ainda o Senhor fez chegar sua bondade, providencia o manar. Esse pão descido do céu para saciar juntamente com as cordizes,  a vida, caminhada, esperança, a luta deste povo que cansado de tanto percorrer os caminhos de conversão pessoal e ao mesmo tempo conversão como povo de Deus começou a desacreditar  no poder de Deus na expressão divina agindo no meio do povo. As manifestações de Deus foram fortes; da água, da libertação, do mar que se abriu até mesmo deste manar que desce abundantemente para saciar a fome deste povo mas, uma fome que se repetia. Eles novamente teriam a necessidade de colocar alimento material para dar continuidade a caminhada  .a esta terra  onde deveria comer leite e mel. No decorrer de toda caminhada o povo celebrou e fez  a sua páscoa. mas, ainda, o sacrifício era passageiro. O sacrifício preparatório dessa grande festa, desta grande ceia que hoje celebramos. O sacrifício eterno  O sacrifício preparatório eterno experiência do amor de Deus ofertada para toda caminhada que celebra a cada dia atualizando a páscoa do Senhor a sua verdadeira libertação.   Hoje nós participamos juntamente com os discípulos de Jesus neste momento ímpar, singular onde o Senhor se entrega como pão da vida, como vinho da esperança,, vinho da alegria, da aliança definitivamente assumida entre Deus e o seu povo através do novo sacrifício que é o cordeiro de Deus na pessoa de Jesus Cristo. A eucaristia é essa grande expressão de comunhão. nesta mesa todos são convidados a participar. Nesta mesa ninguém pode se sentir estrangeiro. Nesta mesa todos têm o lugar. Jesus sentado a mesa com seus discípulos se coloca igual a eles. Mas, num determinado momento nessa grande ceia ele levanta, tira seu manto, cinge sua cintura com uma toalha, pega uma bacia e uma jarra com água e leva esta água para lavar os pés de seus discípulos. Ele é a força desta eucaristia , deste amor caridade para que todos eles pudessem depois desta ceia fazer memória deste momento singular. E ao mesmo tempo ser eucaristia na vida do povo de Deus. Ele instituiu a eucaristia, instituiu esse banquete de vida que vai sendo atualizado a cada domingo, a cada celebração eucarística nos convidando cada vez mais na busca desta espiritualidade  que deve nos ajudar também a sermos oferta, a sermos entrega de nossa vida a cada dia para aqueles que são sedentos do amor de Deus. ele também instituiu também o sacerdócio. Os apóstolos que ali participam com Ele são os primeiros sacerdotes que irão receber de Jesus esta singular benção, graça para levar este pão do amor a este povo, rebanho necessitado também de caridade da força divina que Deus tem para nos oferecer. 

Eis um pequeno resumo da homilia. 


Logo após, tivemos o Lava Pés e, finalizando, ocorreu a procissão para conduzir o santíssimo sacramento ao altar da reposição, ou seja, o translato do Santíssimo Sacramento e os fieis foram convidados a  realizar a adoração até a meia noite.