sábado, 8 de abril de 2023

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR - JEJUM E ABSTINÊNCIA

 "Estamos diante de algo que humanamente poderia parecer absurdo: um Deus que não só se faz homem, com todas as necessidades do homem, não só sofre  para salvar o homem, carregando sobre si toda a tragédia da humanidade, mas morre pelo homem”. (Bento XVI)


E, assim, às 15h, com altar despojado, sem castiçais, sem flores, sem cruz e toalhas, numa verdadeira reflexão, cujo horário é da morte  ( sexta-feira, 3 de abril, 33 d.C) de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme descreve os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas tivemos o início da Celebração da paixão, presidida pelo nosso pastor diocesano Dom Hernaldo Farias e concelebrada pelos Padres Airton Siqueira e Luiz Tonetto. Em sua homilia com base nas leituras  do Profeta Isaías (52, 13-53, 12) Hebreus (4, 14-16, 5,7-9) e Evangelho de João (18, 1-9,42) anunciou que celebramos hoje este dia tão importante para a fé cristã. Jesus Cristo entregou sua vida por nós pecadores para destruir em nós a vida plena, a vida eterna, um novo homem, uma nova mulher, A celebração de hoje se reveste de todo um sentido de entrada do mistério da morte morte de Cristo. De fato, não é um dia de luto como se costuma dizer, pelo contrário, é um dia sim de silêncio, é um dia sim  de meditação, porque como acontecera em nosso batismo, hoje recordamos que somos batizados, mergulhados no mistério de sua morte para ressuscitarmos com Ele. É o profeta Isaías quem vai nos dar todo como que um resumo do sentido de nossa celebração de hoje. No primeiro momento da palavra proclamada a nós hoje neste ano, traz justamente aquilo que acontece com o próprio Senhor proclamado nas palavras do profeta. Ele totalmente desconfigurado assumiu nossas dores , assumiu nossos pecados. Ele assumiu ser pecado para que, também em nós, destruir a vida de pecado. Ele se fez pecador sendo perfeito, em tudo perfeito. Só não deixou que o pecado vivesse em sua vida para fazer com que , também em nós, o pecado não tivesse a última palavra. este foi o caminho que fizemos todos os quarenta dias da nossa quaresma. Lutamos contra o pecado. este foi o exercício que fizemos: não deixar que o nosso corpo falasse mais do que a própria graça do Senhor  que vive e habita  em nós desde o nosso batismo. Sim, somos pecadores mas, o Senhor faz acontecer em nós aquilo que aconteceu nele, não deixando que o pecado assumisse o seu ser devolvendo ou dando a todos nós, também as forças necessárias para também nós vencermos o pecado e um dia vencermos a morte. Por esta vida de sofrimento,  diz o profeta Isaías, ele vencerá a luz e uma ciência perfeita. O profeta, portanto, aponta para nós que este dia não deva ser um dia que deve ser como que nós fiquemos ou paramos na cruz do Senhor. Não! celebramos hoje a morte de Cristo porque temos a certeza de que Ele é o vitorioso sobre o pecado e a morte. A cruz não é o fim, a Sexta-feira Santa não é o fim de nossa caminhada quaresmal. O caminho quaresmal nos conduz até o grande grito de Aleluia que faremos guardado em nossa garganta para que pudéssemos assim, com Cristo proclamar a vitória da vida sobre a morte, a vitória da luz sobre as trevas, a vitória da ressurreição sobre toda tentativa de domínio sobre a pessoa humana. Ele é aquele que clama ainda hoje ao Pai: Oh Pai, em tuas mãos entrego meu espírito. E, nesta certeza, Ele entrega seu espírito  porque confiante no Pai que Ele seria o vencedor e é essa certeza que nós, hoje, ao contemplar a cruz de cristo estaremos professando. Contemplar a cruz não é, portanto, não é apenas contemplar o sofrimento e a morte do Senhor. Contemplar a cruz é proclamar que ela se tornou para nós o madeiro  perfeito onde brilha a voz de Deus, a vontade de Deus de acolher a entrega salvadora de seu filho para transformar a morte em vida.  Hoje somos chamados pelo Senhor, também, para olharmos para as diversas mortes ainda vividas , hoje, por tantos irmãos e irmãs ainda hoje crucificados. Pessoas que passam fome  e a fome como cruz. Pessoas escravizadas para alguns obterem lucro e esta escravidão é um sinal da cruz de cristo. Portanto, todo sofrimento, toda cruz fora redimida pelo Cristo para que, ainda hoje,  nós possamos proclamar em todos os lugares, Sim, a cruz de Cristo é o nosso sinal . porque este sinal da derrota não é o sinal do fim, é o sinal da vitória de um Deus que entregando sua vida nos aponta para a vida eterna, para a ressurreição , para a vitória. Que a cruz de Cristo não sirva para nós um enfeite. Muitas vezes em nossas casas ou até mesmo nosso pescoço. Mas, que ela seja sim um sinal de nossa eterna e grande confiança naquele em que somente podemos depositar a nossa confiança. O deus da vida que escândalo da cruz faz brilhar a luz da vida, a luz da vida eterna, a ressurreição. Que a cruz do Cristo que hoje vamos contemplar, nela possamos também contemplar as cruzes dos irmãos e das irmãs seja conduzidos ao Pai por Cristo Jesus, o salvador de nossas vidas.



                  Em continuidade, tivemos a oração Universal e Adoração da Cruz;


                                  Pe. Airton ergue a cruz para início do beijo da Cruz


                                                            PROCISSÃO DO SENHOR MORTO

                                                                   Início da Procissão


                     Finalizada a procissão tivemos o espetáculo do Grupo Missão Galileia 










                                  FELIZ PÁSCOA!