sábado, 26 de março de 2016

SEXTA-FEIRA SANTA: PAIXÃO E MORTE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO


SEXTA-FEIRA SANTA: PAIXÃO E MORTE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

"Essa é a loucura da Cruz: a de saber converter os nossos sofrimentos em grito de amor a Deus e de misericórdia para com o próximo". (Bento XVI)


             A Sexta-feira Santa da Paixão, na Paróquia do Senhor do Bonfim, foi marcada pelo beijo da Cruz e pela procissão do Senhor Morto acompanhado de sua Mãe Nossa Senhora da Soledade.
           Esta celebração é dividida em três partes: a primeira é a leitura da Sagrada Escritura e a oração universal feita por todas as pessoas de todos os tempos; a segunda é a adoração da Santa Cruz e a terceira é a Comunhão Eucarística, juntas formam o memorial da Paixão e Morte de Nosso Senhor. Memorial não é apenas relembrar ou fazer memória dos fatos, é realmente celebrar agora, buscando fazer presente, atual, tudo aquilo que Deus realizou em outros tempos. Mergulhamos no tempo para nos encontrarmos com a graça de Deus no momento que operou a salvação e, ao retornarmos deste mergulho, a trazemos em nós.


         Na segunda parte, os cristãos, um a um, passavam diante dela reverenciando e beijando-a. Este momento é chamado de Adoração à Santa Cruz, que significa adorar a Jesus que foi pregado na cruz através do toque concreto que faziam naquele madeiro onde Jesus foi estendido e que foi banhado com seu sangue.














            







       
          Muitos fiéis participaram da celebração que precedeu a procissão. e puderam se unir a Cristo em seus sofrimentos com a leitura do Santo Evangelho (Jo, 18, 1-19,42). Essa passagem da Sagrada Escritura retrata a ocasião em que Jesus e seus discípulos estavam no jardim, do outro lado de Cedron, reunidos em oração. Ocorre que foram surpreendidos pela chegada de Judas, acompanhado dos soldados. Mesmo não tendo achado Nele culpa alguma, Jesus foi interrogado, preso, torturado e, finalmente, crucificado. E, por fim, não bastassem os suplícios grotescos aos quais foi submetido, os soldados lançaram a sorte para definir a quem pertenceria as vestes de Jesus. Deste modo cumpriu-se a profecia ora anunciada. O martírio de Jesus  foi acompanhado por sua mãe, que estava ao pé da cruz, maria de Cleofas e Maria Madalena.
        Assim, Nossa Senhora nos ensina a aceitar com resignação a vontade de Deus sobre nossas vidas, cultivando a fé. ainda que seu seio estivesse dilacerado pelo padecimento de seu filho amado, 
         A crucificação era necessária, malgrado profundamente dolorosa, para que fossemos finalmente redimidos da sentença que pesava sobre nós. 
        O profundo amor de Cristo e o eterno "sim"a Deus, com a obediência servil da Mãe amada foram vitais para que os antigos laços entre a humanidade e Deus-Pai finalmente fossem reatados.










                                      
        Em apologia a esse fato, a bela procissão do Senhor Morto acompanhada de Nossa Senhora das Dores percorreu o centro da cidade. Uma série de cantos orações, sob a regência do Bispo Diocesano - Dom francisco Canindé Palhano, ratificavam a necessidade de silenciarmos nossos corações, em sinal de comunhão com o padecimento de Jesus. Que possamos refletir nesse tempo para, finalmente, "ressuscitarmos ao terceiro dia como novas escrituras, com vestes resplandescentes", isto é, livres de qualquer máculas / pecados.