sábado, 12 de abril de 2014

PAPA FRANCISCO EXALTA DIREITO À VIDA


Por: Rádio Vaticano

Papa Francisco exalta direito à vida / Arqrio

Em discurso ao Movimento pela Vida, o Papa Francisco reafirmou a sacralidade inviolável da vida humana, recordando que “todo e qualquer direito civil se apoia no reconhecimento do primeiro direito fundamental, o direito à vida, que não se encontra subordinado a nenhuma condição nem qualitativa, nem econômica, nem muito menos ideológica”. O Santo Padre recordou a Exortação Apostólica “Evangelii gaudium”, sobre a necessidade de “dizer não a uma economia da exclusão e da iniquidade”.
“Esta economia mata… Considera-se o ser humano em si mesmo como um bem de consumo, que se pode usar e depois deitar fora. Demos início à cultura do descarte que acaba por ser mesmo promovida. E assim descarta-se também a vida!”
O Santo Padre recebeu na manhã desta sexta-feira, 11, o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Gerhard Muller; o bispo de Crema, em Itália, D. Óscar Cantoni; uma delegação do Secretariado Internacional Católico da Infância; e um grupo de membros do Movimento (italiano) pela Vida.

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Papa Francisco alertou para “um dos maiores riscos” desta nossa época. “O divórcio entre economia e moral, entre as possibilidades oferecidas por um mercado dotado de todas as novidades tecnológicas e as elementares normas éticas da natureza humana, cada vez mais descurada”.
Há portanto que “reafirmar a mais firme oposição a todo e qualquer atentado direto contra a vida, especialmente inocente e indefesa”. Ora “o nascitura no seio materno é o inocente por antonomásia” – recordou o Papa, citando o Concílio Vaticano II, para quem “o aborto e o infanticídio são delitos abomináveis” (Gaudium et spes, 51). “A quem é cristão compete sempre este testemunho evangélico: proteger a vida com coragem em todas as suas fases”, destacou.
Não à manipulação educativa
Nas palavras pronunciadas neste encontro, em espanhol, o Papa Francisco recordou a necessidade de “reafirmar o direito das crianças a crescer numa família, com um pai e uma mãe capazes de criar um ambiente idôneo para o seu desenvolvimento e maturidade afetiva”. “Com a masculinidade do pai e a feminilidade da mãe”, sublinhou o Papa que recordou também “o direito dos pais à educação moral e religiosa dos seus filhos”. Neste contexto, o Santo Padre exprimiu com vigor a “rejeição de qualquer experimentação educativa com as crianças”.
“Com meninos e jovens não se pode experimentar! Não são cobaias de laboratório! Não desapareceram os horrores da manipulação educativa que vivemos nas grandes ditaduras genocidas do século XX! Conservam atualidade sob diferentes formas e propostas que, com pretensão de modernidade, forçam meninos e jovens e caminhar pelo caminho ditatorial o pensamento único”.
O Papa Francisco referiu ainda a necessidade de “manter sempre viva a formação antropológica”, bem preparados no que diz respeito à realidade da pessoa humana”, para “saber responder aos problemas e desafios que apresentam as culturas contemporâneas e a mentalidade difundida pelos meios de comunicação social”.