A Paróquia do Senhor do Bonfim foi agraciada neste ultimo dia 30 com a investidura de novos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. Nossos irmãos foram investidos para o ministério sagrado com muita fé e doação para assim auxiliarem aos Sacerdotes a levarem o Corpo de Cristo através da Hóstia Sagrada.
O que são os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão?
Após
o Concílio do Vaticano II (1962-65), o Papa Paulo VI autorizou a instituição
dos Ministros Extraordinários da Sagrada
Comunhão (MESC), fiéis leigos cuja missão é facilitar aos
celebrantes a distribuição da S. Comunhão em igrejas, capelas, hospitais, aos
doentes nas casas e outros lugares, desde que o sacerdote não possa fazer isso.
A Santa Sé alerta, porém, que o exercício desse ministério deve conservar o seu
caráter supletivo e extraordinário, não dispensando os Ministros Ordinários
(Bispos, presbíteros, diáconos) de fazer a sua parte.
Este
ministério sagrado deve ser exercido por leigos que tenham uma vida cristã
autêntica, sejam maduros na fé, e possam servir a Igreja. Além disso, o MESC
deve ter uma boa formação doutrinária, pois pode também realizar a celebração
da palavra, orientar as pessoas a quem leva a Eucaristia, etc. Ele deve ensinar
e viver o que a Igreja ensina, especialmente em relação à Eucaristia e as
condições para recebê-la dignamente. Isto exige do Ministro que ele conheça a
doutrina da Igreja, especialmente a fundamentação dogmática, moral e
sacramental.
Os
MECE devem, na medida do possível, realizar estudos de doutrina: estudar os
documentos da Igreja, as encíclicas e cartas dos papas, o Catecismo, o Código
de Direito Canônico, etc.
É
importante que o Ministro conheça os documentos especialmente referentes
à Eucaristia, afim de exercer retamente esse ministério. Os Papas sempre falam
da Eucaristia, pois ela é “o centro da vida da Igreja” como disse João Paulo II
na encíclica “Ecclesia de Eucharistia” (A Igreja vive da Eucaristia), de 2003.
O mesmo Papa publicou a Carta Apostólica “Mane Nobiscum Domine”, em 2004,
no Ano da Eucaristia. Paulo VI publicou a “Misterium Fidei”, em 1965, sobre o
culto da Eucaristia.
De
especial importância é que os ministros estudem a Instrução da “Congregação para o Culto
Divino e Disciplina dos Sacramentos”, “Redemptionis Sacramentum”, “sobre algumas
coisas que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia”. Esta Instrução foi preparada
por determinação do Papa João Paulo II em colaboração com a “Congregação para a
Doutrina da Fé” e o mesmo Pontífice a aprovou no dia 19 do mês de março de
2004, para coibir os erros e abusos que ocorrem na celebração. Esta Instrução
esclarece muitas dúvidas sobre a celebração da Eucaristia.
É
também importante que o Ministro conheça a “Instrução
Geral do Missal Romano”, que disciplina a celebração da Santa Missa. Muitos
procedimentos são feitos de maneira errada porque não se conhece ou não se
observa essa Instrução. Por exemplo, não é lícito deixar que cada fiel se sirva
da Eucaristia sem que haja um Ministro a distribuí-la. A Eucaristia deve ser
entregue a cada comungante e não apenas deixada sobre o altar à
disposição.
Outras
orientações são dadas pela Igreja em outros aspectos como a distribuição da
Eucaristia na mão dos fiéis; o comungar de joelhos, o ajoelhar no momento da
Consagração. Esses documentos podem ser encontrados em nosso site (www.cleofas.com.br) e/ou no site do Vaticano (www.vatican.va).
Por
outro lado, o MESC, como um agente da Igreja, precisa conhecer a doutrina
católica de maneira ampla. O nosso povo católico é carente do conhecimento
dessa doutrina, e por isso é levado para outras comunidades eclesiais e seitas
que não se coadunam com a fé católica. O MESC que vai às casas, precisa dessa
formação para levar a verdade da Igreja ao povo. Para isso é fundamental que
ele estude o Catecismo da Igreja, que é um manual completo da doutrina
católica; como disse João Paulo II é “o texto de referência, seguro e autêntico
para o ensino da doutrina católica” (Fidei depositum).
O
MECE não é um mero “despachante rápido e prático”. O amor às coisas sagradas
deve tornar espontânea a observância de tais instruções.
Professor Felipe Aquino.
Disponível em http://blog.cancaonova.com/felipeaquino
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