Desde 2000 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) delega ao Conic a organização das Campanhas da Fraternidade Ecumênicas. Naquele ano, foi abordado o tema “Dignidade humana e paz” e o lema escolhido foi “Novo milênio sem exclusões”. A segunda edição, em 2005, falou sobre “Solidariedade e paz”, com o lema “Felizes os que promovem a paz”. Em 2010, a terceira CFE tratou da temática “Economia e Vida”, com o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”.
Nesta edição da CFE, haverá o apoio da Misereentidade episcopal da Igreja Católica na Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento de países da Ásia, da África e na América Latina.
A Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE)
2016 será lançada, oficialmente, no dia 10 de fevereiro, quarta-feira de
cinzas, às 7h, por Dom Francisco Canindé na celebração da Santa Missa. O tema da Campanha é “Casa Comum, nossa
responsabilidade”. O lema bíblico é “Quero ver o direito brotar como fonte e
correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5.24)
O
objetivo da Campanha este ano, é chamar atenção para a questão do direito ao
saneamento básico para todas as pessoas, buscando fortalecer o empenho, à luz
da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a
integridade e o futuro da Casa Comum, ou seja, do planeta Terra.
A
Campanha da Fraternidade Ecumênica é realizada pelo Conselho Nacional de
Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC. O CONIC é composto pelas seguintes igrejas: A
Igreja Católica Apostólica Romana; A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no
Brasil; A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil; A Igreja Presbiteriana
Unida do Brasil; e A Igreja Sirian Ortodoxo de Antioquia. Além dessas Igrejas
três organizações participaram na Comissão da Campanha da Fraternidade Ecumênica
2016: O Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular
(CESEEP), Visão Mundial, Aliança de Batistas do Brasil.
As
Igrejas que integram o CONIC assumem como missão expressar em gestos e ações o
mandato evangélico da unidade, que diz: “Que todos sejam um, como tu, Pai,
estás em mim e eu em Ti; que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo
creia que tu me enviaste”(Jo 17,21). Seria importante mencionar também a
contribuição da Misereor dos católicos da Alemanha para a CF
2016, que desde uma perspectiva de fé, significa também assumir a
responsabilidade comum pelo futuro da Terra.
“Casa Comum, nossa responsabilidade”, é um tema que
nos orienta a atuarmos coletivamente em favor da elaboração, implementação e
acompanhamento dos Planos Municipais de Saneamento Básico. As responsabilidades
são coletivas, porém diferenciadas:
- O poder público tem a tarefa de realizar as obras de infraestrutura, implementar o Plano Municipal de Saneamento Básico, garantir a limpeza do espaço público e fazer a coleta seletiva do lixo.
- Os cidadãos tem a tarefa de não jogar lixo nas ruas e zelar pelos espaços coletivos.
Estas atitudes poderão nos aproximar do sonho do
profeta Amós que é o de “ver o direito brotar como fonte e correr a justiça
qual riacho que não seca” (Amós 5,24).
Entre várias importantes fontes
que marcaram o ano 2015 preocupadas com as mudanças climáticas precisamos
mencionar duas: “Peregrinação por justiça e paz” do Conselho Mundial de
Igrejas (CMI) que destaca a necessidade urgente da superação desse modelo de
desenvolvimento que está baseado no consumo e na ganância; e a Encíclica do
Papa Francisco Laudato Sí sobre o cuidado da Casa Comum. O
Objetivo Geral da Campanha é: “Assegurar o direito ao saneamento básico para
todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e
atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa
Comum”.
Temos uma
proposta emocionante: cuidar da Casa Comum que Deus nos deu e fazer dela um
lugar saudável, no qual a fraternidade e a justiça corram como rios de água
viva. Que Deus nos ajude a viver com alegria e responsabilidade essa bonita
missão! Como sinal desse compromisso, propomos que durante a Quaresma
realizemos o esforço de evitar o consumismo e o desperdício dos alimentos. Que
façamos um dia de jejum, doando aos mais pobres o que não consumimos nesse dia.
Tudo o que fizermos precisa ser impulsionado pela graça de Deus, que ilumina
nosso discernimento, fortalece nossa disposição, não nos deixa desistir do amor
fraterno e fará nosso trabalho produzir frutos melhores e mais permanentes.
Portanto, orando e celebrando, entreguemos a Deus o serviço que queremos
prestar, para que Deus sempre nos inspire a caminhar a seu lado na preservação
do bonito e saudável ambiente que nos ofereceu na criação.