História da Bíblia
Sagrada
Deus sempre procurou falar com a humanidade de alguma maneira: No
princípio, Ele se revelou pessoalmente ao homem no jardim do Éden; e dessa
mesma forma Ele também se comunicava com os Seus servos, assim como Noé e
Abraão entre vários outros; posteriormente, passou a falar com o povo através
de homens escolhidos especificamente para exercer o ministério profético.
Tempos
depois, com a vinda de Cristo à terra, sua Palavra se expandiu ainda mais; após
a crucificação, com a descida do Espírito Santo, Ele passou a falar diretamente
com os homens sem a necessidade do uso de profetas.
Apartir
daí, o evangelho foi grandemente divulgado pelos apóstolos, principalmente
Paulo, em boa parte dos lugares habitados no mundo naquela época. Esses pioneiros
da missão evangelística, deixaram seus valorosos trabalhos registrados em
cartas e livros, os quais contém a Palavra de Deus pregada por eles, tendo por
base a lei de Moisés, os livros poéticos, os históricos e os proféticos, mas
sempre destacando enfaticamente os ensinamentos deixados por Jesus Cristo.
A Bíblia Sagrada narra a história um período de 1.600 anos [desde a criação do mundo, até o
Apocalipse de João em 95dc, aproximadamente]; ela foi
escrita por cerca de 40 autores, inspirados por Deus, que viveram em lugares e
épocas diferentes, e não se conheciam; mesmo assim, nela não há nenhuma
contradição.
O Antigo
Testamento foi escrito em hebraico, com exceção apenas de alguns trechos
escritos em Aramaico. O Novo Testamento foi escrito em grego.
Ao longo dos anos, os arqueólogos foram encontrando, pouco a pouco, os
rolos escritos em papiro [folhas de uma planta] e pergaminho [pele de animal] e juntaram-os como
sendo um único livro.Todos os manuscritos originais do Antigo e do Novo
testamento foram perdidos; os textos existentes hoje nas línguas originais são
baseados em cópias dos documentos autênticos. Até pouco tempo atrás, o
manuscrito completo do Antigo Testamento mais antigo era de 916dC. Em 1946,
foram achados vários manuscritos desses livros em onze cavernas de Qumram [situado a 2
quilômetros do oeste do extremo norte do mar Morto]. A maior parte
desses manuscritos é do primeiro século a.C. e do primeiro século d.C. Foram
encontrados ali manuscritos quase inteiros, sendo os de Isaías os mais famosos,
com partes de todos os livros do Antigo Testamento, menos de Ester. Além dos
livros bíblicos, foram achados também fragmentos de livros apócrifos [obras literárias com conteúdo
teológico, escritas na mesma época dos textos Sagrados, que não foram
consideradas como inspiradas por Deus para fazerem parte da Bíblia] e de outros livros da seita dos Essênios [Seita do
tempo de Cristo: Mais ou menos quatro mil homens que obedeciam rigorosamente a
lei de Moisés. Uns moravam em cidades, porém a maioria vivia em grupos, no
deserto de En-Gedi. Eles não são mencionados na Bíblia],
que ali os escondeu. Esses manuscritos são de grande importância para o estudo
do texto original do Antigo Testamento, como também para se recompor o panorama
histórico da época do início Novo Testamento.
No ano 382dC, começou a ser elaborada a Vulgata Latina [tradução para o latim] por Jerônimo, a pedido de Dâmaso, que era o papa daquela
época; este trabalho somente foi concluído em 404dC. A primeira versão da
Bíblia escrita em português, foi o Novo Testamento, traduzido por João Ferreira
de Almeida em 1681.
O primeiro texto hebraico do Antigo Testamento foi dividido em
versículos entre os séculos IX e X a.C., por estudiosos judeus chamados de
massoretas; eles concluíram este trabalho por volta de 1230aC. Em 1551, na
frança, um impressor chamado Robert d'etiénne dividiu o Novo Testamento em
versículos. Mas, no século XII, é que finalmente a Bíblia Sagrada foi
totalmente divida em capítulos pelo teólogo inglês Stephen Langhton. Até o
século XVI, as bíblias eram publicadas somente com a divisão em capítulos.
Somente em 1560 é que foi publicada a primeira bíblia com os textos divididos
em versículos [a Bíblia de Genebra, lançada na Suiça]. A primeira
versão da Bíblia em português [o Novo Testamento, traduzido por João Ferreira
de Almeida em 1681], já foi lançada dividida em capítulos e versículos. A divisão dos textos
do Livro Sagrado foi criada para facilitar a memorização e a localização de
cada trecho da Palavra de Deus, facilitando assim, nosso estudo e nossa
meditação.
A Bíblia Hoje
> O Conteúdo* das Escrituras Sagradas
a) Informações numéricas sobre sua
escrita:
> 2 testamentos (o Antigo e o Novo);
> 66 livros (39 no Antigo e 27 no Novo);
> 1.189 capítulos;
> 31.173 versículos;
> 773.692 palavras;
> 3.566.480 letras.
b) Nomes mais citados:
> Abrão/Abraão, 279 vezes.
> Arão, 337 vezes.
> Davi (o nome humano mais mencionado), 901
vezes.
> Deus, 3592 vezes.
> Jeová (aparece apenas no Antigo Testamento), 294
vezes.
> Jesus, 950 vezes.
> Jonas, 24 vezes.
> Moisés, 785 vezes.
> Paulo/Saulo, 180 vezes.
c) Expressões mais usadas:
> "Assim disse o Senhor", 4 vezes,
> "Assim diz o Senhor", 403 vezes.
> "Deus disse", 12 vezes.
> "Disse Deus", 27 vezes.
> "Disse o Senhor", 57 vezes.
> "Diz o Senhor", 391 vezes.
> "Esforça-te", 19 vezes.
> "Levanta-te", 116 vezes.
d) Palavras mais faladas:
> Amor/Caridade, 307 vezes.
> Graça, 206 vezes.
> Paz, 282 vezes.
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Alguns dados numéricos aqui apresentados podem variar de acordo com a tradução.
Fonte: Escola Bíblica Virtual
Jonas
Martins Olímpio